Cinema
28/09/1895, Paris
Inventado pelos irmãos Louis e Auguste Lumière, o cinema é
considerado a 7ª arte. Trata-se de uma sequência de imagens que gera movimento.
Inicialmente foi utilizado para retratar cenas do cotidiano, sem história. A
primeira exibição que ficou famosa retratava apenas a chegada de uma locomotiva
em uma estação. A invenção surpreendeu muitas pessoas, que chegavam a sair
apavoradas da sala achando que tratava-se de um trem de verdade.
Quem acabou utilizando o instrumento para dar vida à
dramaticidade foi o também francês Georges Méliès. Começou filmando cenas do
dia a dia em 1896, mas logo levou o novo invento para o caminho do
'fantástico'. É o inventor da técnica stop-motion que permitiu utilizar na os
primeiros efeitos especiais. Entre seus filmes estão alguns dos primeiros
clássicos do cinema como “Viagem à Lua” (1902) e “O Reino das Fadas” (1903).
No mesmo período, o cinematógrafo chegava no Brasil. A
primeira exibição foi realizada na sede do Jornal do Commercio em 1896. Um dos
primeiros cinegrafistas a filmar o País foi o italiano Affonso Segretto que
gravou “Uma vista da Baia de Guanabara” em 1898.
Foi nos Estados Unidos que o cinema ganhou força. Pouco
tempo após a criação do invento, as principais cidades americanas tinham como
atração telas onde eram exibidas produções de tipos diversos. De cenas
cotidianas a imagens de dançarinas e atores. Os primeiros filmes americanos com
história datam do começo do século com “The Great Train Robbery” (1903). A
principal obra do começo do cinema americano foi “The Birth of a Nation”(1915),
de D. W. Griffith.
Foi durante a Primeira Guerra Mundial que o setor nos
Estados Unidos deu um salto em relação aos concorrentes europeus. Com a Europa
preocupada com o conflito, o cinema americano acabou atraindo os investimentos
e os atores que se aventuravam a trabalhar com o invento. É nessa época que
surgem os primeiros grandes estúdios como a Paramount (chamada inicialmente de Famous Players) e a
Fox.
Na Europa a Alemanha, com seu expressionismo e realismo,
criou obras como “O gabinete do Dr. Caligari” (1919) e “Nosferatu”, de 1922. Na
década ainda trouxe para as telas o épico em duas partes “Os Ninbelugo” (entre
1923 e 1924) e “Metrópolis” (1926). Na Rússia, o “pai” do cinema, Seguei
Eisenstein, lançou “O Encouraçado Potemkin” (1925).
A primeira grande revolução do cinema viria com o som nos
filmes. Quem conseguiu desenvolver a tecnologia para sincronizar falas e música
com a imagem foi o estúdio Warner Brothers, que lançou “The Lights of New
York”, em 1928. Um dos últimos filmes mudos foi “Tempos Modernos” (1936), de
Charles Chaplin.
No Brasil, o cinema só se desenvolveu na década de 1930 com
o início das chanchadas dos estúdios Atlântida, comédias musicais com artistas
de rádio e teatro como Carmem Miranda. Com a abertura dos estúdios Vera Cruz,
em 1940, o País pode colher frutos diferentes. Destaque para “O Cangaceiro”
(1953) e o Cinema Novo que cresceu na década de 1960 tendo como principal
representante Glauber Rocha.
As cores nos filmes chegaram em 1935 quando “Becky Sharp”
(“Vaidade e Beleza”, de 1935) foi pioneiro na utilização no sistema de três
cores desenvolvido pela empresa Technicolor. As experiências com cores no
cinema datam do final do século 19. As obras em preto e branco continuaram
ainda por algum tempo, tanto pelo custo quanto pelo desejo do diretor. Nessa
época surgiu o filme que é considerado um dos maiores do cinema, “Cidadão
Kane”, de Orson Welles. Na década de 40 o cinema passou a ser usado como
propaganda política. Um exemplo clássico pode ser observado na Alemanha nazista
que usou as telas para propagar suas ideias de supremacia de raça.
Em 1937 foi lançado o primeiro longa de animação, “Branca de
Neve e os Sete Anões”, da Disney. Os desenhos animados teriam outra grande mudança apenas na década de 90, com o
lançamento de “Toy Story” primeira animação em computação gráfica.
O principal prêmio do cinema comercial surgiu em 1929. O
Oscar foi criado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Os maiores
vencedores são “Ben-Hur” (1959), “Titanic” (1997) e “O Senhor dos Anéis: O
Retorno do Rei” (2003), os três com 11 Oscars cada um.
Texto reproduzido do site: acervo.estadao.com.br/
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