segunda-feira, 10 de março de 2025

Ainda Estou Aqui ganha novo pôster oficial...


Publicação compartilhada do site GSHOW GLOBO, de 6 de março de 2025 

Ainda Estou Aqui ganha novo pôster oficial após vitória no Oscar

Longa nacional de Walter Salles ganha novo cartaz

Por gshow — São Paulo

Nosso pupilo está de carinha nova! Ainda Estou Aqui, primeiro Filme Original Globoplay, acaba de ganhar um novo pôster oficial. A imagem foi divulgada oficialmente pela distribuidora do longa-metragem, em momento em que o país ainda festeja a conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional.

Texto e imagem reproduzidos do site: gshow globo com

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Ator Gene Hackman e esposa são encontrados mortos...

Publicação compartilhada do jsite METRÓPOLIS, de 27 de feveereiro de 2025 

Ator Gene Hackman e esposa são encontrados mortos em casa nos EUA

O ator Gene Hackman tinha 95 anos. A mulher e o cachorro do casal também foram encontrados sem vida

Por Laura Braga

O ator norte-americano Gene Hackman foi encontrado morto em casa nessa quarta-feira (26/2), em Santa Fé, no Novo México, nos Estados Unidos. Ele tinha 95 anos e ganhou duas estatuetas do Oscar.

Segundo a imprensa internacional, a mulher dele, Betsy Arawaka, de 63 anos, também foi encontrada sem vida, assim como o cachorro da família.

“Podemos afirmar que tanto Gene Hackman quanto sua esposa foram encontrados sem vida na quarta-feira”, informou o departamento de polícia de Santa Fé. O xerife Adam Mendoza afirmou que não há indícios imediatos de crime. Ele não divulgou a causa da morte nem especificou quando o casal pode ter falecido.

Atuação

Gene Hackman venceu dois prêmios Oscar de melhor ator coadjuvante. O primeiro foi pelo filme “The French Connection” (“Operação França”), um drama violento de 1972. A segunda estatueta foi conquistada pela atuação em “Unforgiven” (“Os imperdoáveis”), de 1992.

Hackman interpretou o vilão Lex Luthor nos filmes do Superman nas décadas de 1970 e 1980, estrelados por Christopher Reeve. Ele atuou em mais de 100 filmes, além de papéis na televisão. A carreira começou no início dos anos 1960.

O ator foi casado duas vezes e teve três filhos: Christopher Allen Hackman, Leslie Anne Hackman e Elizabeth Jean Hackman. Em 1991, ele se casou com a pianista Betsy Arakawa. Eles mantinham um casamento discreto, longe dos holofotes e não tiveram filhos.

Em uma carreira que durou mais de seis décadas, além das estatuetas do Oscar, ele recebeu dois Bafta, quatro Globos de Ouro e um Screen Actors Guild Award.

Texto reproduzido do site: www metropoles com

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O Brutalista nos cinemas brasileiros terão intervalo de 15 minutos

 

O filme O Brutalista terá um intervalo de 15 minutos entre as duas partes durante as sessões nos cinemas brasileiros. A pausa será inserida após cerca de 1 hora e 40 minutos de projeção. 

Motivo do intervalo 

O intervalo foi inspirado no lançamento da produção durante o Festival de Veneza em 2024, onde também foi realizada uma pausa entre os atos.

A Universal Pictures confirmou que essa estrutura será replicada nas exibições comerciais do filme no Brasil.

Sobre o filme

O Brutalista é um épico pós-Segunda Guerra Mundial que conta a história de Lázló Tóth, um arquiteto fictício interpretado por Adrien Brody. 

O filme retrata sua chegada aos Estados Unidos após o Holocausto e os desafios enfrentados na reconstrução de sua vida. 

O Brutalista foi indicado em 10 categorias, incluindo melhor filme, e despontou como um dos favoritos ao Oscar 2025. 

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As sessões de O Brutalista nos cinemas brasileiros terão intervalo de 15 minutos, confirmou a Universal Pictures, distribuidora do filme no país. O longa-metragem tem duração de 3h30 e deve ser interrompido após cerca de 1h40 para o intervalo, que contará com uma contagem regressiva projetada na tela.

Texto e imagens reproduzidos do Google

domingo, 16 de fevereiro de 2025

"Inventamos a imagem do cinema brasileiro", disse Cacá Diegues

Cineasta Cacá Diegues Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Publicação compartilhada do site do JORNALDO BRASIL, de 14 de fevereiro de 2025

"Inventamos a imagem do cinema brasileiro", disse Diegues à TV Brasil

Por CADERNO B (redacao@jb.com.br)

Por Alex Rodrigues - "Nós praticamente inventamos um cinema para o Brasil". Assim o cineasta alagoano Cacá Diegues, que morreu nesta sexta-feira (14), resumia a importância de diretores, roteiristas e produtores que, no início dos anos 1960, criaram, no Brasil, o movimento que ficaria conhecido como Cinema Novo.

"Inventamos uma imagem do Brasil para o cinema. E para fazer isso, não tínhamos uma tradição cinematográfica à qual recorrer", comentou Diegues ao ser entrevistado, em 2018, no programa Trilha de Letras, da TV Brasil.

Um dos últimos remanescentes do grupo que reuniu Nelson Pereira dos Santos (1928-2018), Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988), Paulo César Saraceni (1933-2012), Domingos de Oliveira (1936-2019), Leon Hirszman (1937-1987), Glauber Rocha (1939-1981) entre outros artistas e intelectuais influenciados pela nouvelle vague francesa e pelo neorrealismo italiano, Diegues apostou na força de filmes autorais, de menor custo de produção e que motivassem o espectador a refletir sobre os graves problemas sociais brasileiros.

"Um filme não muda nada. Ele não é uma arma para mudar o mundo, mas é uma maneira de pensar o mundo de outro modo; de provocar pensamentos mais originais", refletiu Diegues, durante o bate-papo com o escritor e roteirista Raphael Montes, então apresentador do Trilha de Letras.

Diegues dizia não ser otimista por não acreditar que as coisas dariam certas por si só. Para ele, o sucesso era fruto da dedicação e do trabalho. Por isso, dizia ser um sujeito "esperançoso". "Tenho sempre a esperança de que as coisas deem certo e [a convicção de que] para isso [a gente tem] que correr atrás; fazer para que deem certo." Receita que aparentemente o ajudou a conquistar prêmios em diversos festivais nacionais e internacionais. E a ser eleito para o assento da Academia Brasileira de Letras (ABL) antes ocupado por seu colega Nelson Pereira dos Santos.

Entre as obras mais conhecidas de Diegues estão Ganga Zumba (1964), A Grande Cidade (1966), Os Herdeiros (1969), Xica da Silva (1976), Bye Bye, Brasil (1980), Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1999) e Deus é Brasileiro (2002). O Grande Circo Místico (2018) foi seu último lançamento como diretor.

Repercussões

A morte de Cacá Diegues, aos 84 anos de idade, repercutiu entre intelectuais, artistas e políticos de diferentes correntes ideológicas. À reportagem da Agência Brasil, Raphael Montes, ex-apresentador do Trilha de Letras, disse que o cineasta, aos 84 anos de idade, seguia cheio de vontade de contar histórias. E sempre atento às novidades.

"O Cacá aceitou meu convite para participar do programa porque nós havíamos nos tornado amigos pouco tempo antes, quando eu estava começando minha carreira como roteirista. Ele me procurou porque queria fazer um filme com uma pegada de suspense, cujo título seria A Dama. A ideia era que o filme fosse protagonizado por duas grandes personagens, uma interpretada por uma atriz mais velha e outra pela filha dele, a Flora Diegues, que já estava doente na ocasião. Seria uma forma até de ele eternizá-la, mas, infelizmente, a Flora faleceu, e o filme acabou não acontecendo", contou Montes, explicando que, com a morte da filha de 34 anos, vitimada por um câncer no cérebro, em 2019, o diretor abortou o projeto.

"O assunto terminou aí. Felizmente, nos tornamos amigos e ele, ao longo dos anos, acompanhou minha carreira; sempre que eu assistia a um filme legal, indicava para ele e trocávamos muitas ideias. E o que mais me marcou foi que ele sempre foi muito atento ao novo. Ele tinha uma curiosidade quase juvenil e, apesar da idade, não achava que sabia tudo."

No X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter recebido a notícia com "muito pesar". "[Ele] levou o Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema e conquistou a atenção de todo o mundo. Ganga Zumba, Xica da Silva, Bye, Bye Brasil, e, mais recentemente, Deus é Brasileiro mostram muito bem nossa história, nosso jeito de ser, nossa criatividade. E representam a luta de nosso cinema, que sempre se reergueu quando tentaram derrubá-lo. Meus sentimentos aos familiares, colegas e fãs do grande Cacá Diegues."

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, usou a mesma rede social para prestar uma homenagem à memória do cineasta. "O Brasil se despede hoje de um dos grandes mestres do nosso cinema. Cacá Diegues, cineasta genial e um dos pilares do Cinema Novo. Sua obra foi marcada por grandes filmes e ajudou a contar a história do nosso povo com sensibilidade. Minha solidariedade à família e aos amigos."

Ex-ministro da Cultura e também membro da ABL, o músico baiano Gilberto Gil também comentou o falecimento do companheiro acadêmico. "Descanse em paz, grande amigo imortal, Cacá Diegues".

A atriz Zezé Mota, que estrelou o filme Xica da Silva, relembrou a experiência de trabalhar com o diretor.

"Há 49 anos, conseguimos levar mais de três milhões de brasileiros ao cinema - falo de uma época em que não existia internet no Brasil. Viajamos com Xica da Silva para mais de 10 países e ganhei projeção nacional e internacional com este personagem, levei o troféu de melhor atriz em quase todos os principais festivais de cinema do ano de 1976, entre outros prêmios. Xica da Silva é, será sempre minha eterna fada madrinha. Foi fundamental para a construção da primeira grande imagem da "escrava que virou rainha" diante da opinião pública", comentou Zezé, dizendo ser eternamente grata a Cacá por tê-la "presenteado" com um dos principais papéis de sua trajetória artística.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, também se manifestaram por meio das redes sociais. "Cacá Diegues foi referência no audiovisual, representando as dificuldades do povo na tela e deixando grandes obras na história do cinema nacional", escreveu Castro.

"Perdemos hoje uma das figuras mais incríveis da cultura brasileira, um ser humano incomparável e iluminado", acrescentou Paes, compartilhando a conversa que teve com a esposa de Diegues, Renata Magalhães. "Como me disse hoje mais cedo a Renata: 'Cacá viveu lindamente!' [Ele] vai fazer muita falta, mas sua obra e seus ensinamentos são um legado que não nos deixarão esquecê-lo." (com Agência Brasil)

Texto e imagem reproduzidos do site: www jb com br/cadernob

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Cacá Diegues, diretor de ‘Bye bye Brasil’... morre no Rio aos 84 anos

Texto compartilhado do site G1 GLOBO-RJ, de 14 de fevereiro de 2025 

Cacá Diegues, diretor de ‘Bye bye Brasil’, ‘Deus é brasileiro’ e ‘Tieta do Agreste’, morre no Rio aos 84 anos

Um dos cineastas mais conhecidos do país, ele foi um dos fundadores do Cinema Novo. Ele era ocupante da cadeira 7 da ABL e foi enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo.

Por Leda Rielli, g1 Rio e TV Globo

O cineasta Cacá Diegues morreu na madrugada desta sexta-feira (14) no Rio de Janeiro, aos 84 anos. A TV Globo apurou que Cacá iria se submeter a uma cirurgia, mas, segundo a Clínica São Vicente, ele teve “complicações cardiocirculatórias” na madrugada.

O velório foi marcado para a manhã deste sábado (15) na Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual Cacá era imortal. O corpo do diretor será cremado no Caju na sequência.

Vida

Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió no dia 19 de maio de 1940. Ele se mudou para o Rio com 6 anos de idade. Na capital fluminense, passou a infância e adolescência no bairro de Botafogo, na Zona Sul.

Cacá Diegues foi um dos fundadores do Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni, Joaquim Pedro de Andrade e outros cineastas.

Obra

Ao longo da carreira de cineasta, Diegues fez mais de 20 filmes de longa-metragem. Entre os mais premiados estão “Xica da Silva” (1976), “Bye bye Brasil” (1980), "Veja esta canção" (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é brasileiro” (2003).

Também são filmes dele: “Ganga Zumba” (1964), “Os herdeiros” (1969), “Joanna Francesa” (1973), “Chuvas de verão” (1978), “Quilombo” (1984), “Um trem para as estrelas” (1987), “Orfeu” (1999), “O maior amor do mundo” (2005) e “O grande circo místico” (2018), inspirado na obra do poeta Jorge de Lima.

Cacá foi homenageado no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, em 2012, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Enredo de escola de samba

O cineasta foi homenageado pela escola de samba Inocentes de Belford Roxo em 2016. A agremiação desfilava na então Série A do carnaval, e o enredo era "Cacá Diegues — Retratos de um Brasil em cena".

O enredo foi do carnavalesco Márcio Puluker. Cacá desfilou no último carro, se emocionou, e definiu a apresentação da escola como um “grande encontro familiar”.

"Eu estou muito feliz em ser homenageado por uma escola de samba. Para mim, é um prazer inenarrável", explicou Cacá.

Cacá Diegues diz que é uma honra ser o enredo de uma Escola de Samba

ABL

Cacá Diegues foi eleito como ocupante da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2018. Ele herdou o lugar deixado pelo também cineasta Nelson Pereira dos Santos. Os dois eram amigos.

Antes deles, a Cadeira 7 já pertenceu a nomes como o do escritor Euclides da Cunha e do fundador da ABL Valentim Magalhães – que escolheu como patrono Castro Alves. Outros ocupantes: Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.

Família

Cacá Diegues era pai de quatro filhos, sendo dois deles do casamento com a cantora Nara Leão. Ele era casado, desde 1981, com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães.

O cineasta deixa três netos.

Texto reproduzido do site: g1 globo com/rj/rio-de-janeiro

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Crítica | O Brutalista, por Matheus Simonsen

Crítica compartilhada do site ESTAÇÃO NERD, de 29 de outubro de 2024

Crítica | O Brutalista

Por Matheus Simonsen

 O Brutalista é um filme que preza muito mais pela experiência de assistir um épico nos moldes do cinema clássico. Ele constrói toda essa escala de crescimento na jornada do personagem, e o longa vai abordar um personagem fictício para mostrar esse desejo do sonho americano, só que vivido por um estrangeiro.

O Brutalista acompanha a história de László Tóth (Brody), um arquiteto judeu e húngaro pioneiro na técnica do brutalismo, onde cimento é deixado visível nas obras, que migra com sua esposa Erzsébet (Jones) para os Estados Unidos para fugir da Europa diante do crescimento do nazismo.

É algo ousado um diretor jovem como Brady Corbet em sua recente filmografia já emular um longa com VistaVision 70mm. Ele quer construir essa máxima experiência remetendo bastante aos anos 50, mas não apenas de forma gratuita, repassando o período que o filme aborda. A proposta de ter inclusive um intervalo (na própria projeção e com cronômetro) em suas 3h30 retratam mais ainda essa fidelidade com um cinema antigo. 

Mas não é apenas disso que um filme sobrevive. A história quer retratar um período de ascensão dos EUA, após guerra mundial e com uma ideia crescente do sonho americano, inclusive atraindo os estrangeiros. O longa vai construir em suas duas metades essa ideia de ascensão e “queda” do personagem, não ao estilo óbvio de vida e morte, porém no conceito de ideia que o protagonista se interessa e sua relação com aquele país tão conservador, mascarado de progressistas.

A obra vai retratar essa passagem para um país tão caótico, de diversas ideias, interesses e vidas diferentes. O início é marcado pela primeira vista daquela terra ser a própria estátua da liberdade, ao contrário diga-se de passagem. O diretor busca essas metáforas visuais para retratar a dimensão da exclusão do povo americano com eventuais estrangeiros.

O personagem vai viver constantes etapas de sua adaptação, desde uma insistência com o idioma bem falado até  mesmo algo mais grave como o vício da heroína fruto da época. Seu primo inclusive, do ramo de venda de móveis, o convida para ajuda-lo, confiando no talento de László e se aproveitando para aumentar sua marca. O personagem inclusive é outro exemplo dessa adaptação de estrangeiros, mudando até nome e negócio para conseguirem entrar nos parâmetros daquela sociedade.

A primeira parte marca essa aproximação de László com o empresário Harrison. Sua primeira rejeição, mas após descobrir o passado do arquiteto o atrai, ao melhor estilo rico maluco obcecado. Inclusive gerando a maior parte do humor do filme, proveniente dessa constante declaração do magnata com a intelectualidade do mesmo. E aí está essa troca grosseira que László vai sentir daquele país, se apropriando de sua arte, o brutalismo, para servir de desculpa para um centro de comunidade daquela região. Mas obviamente o empresário vai adaptar todo o conceito do arquiteto a sua maneira, inserindo o claro catolicismo predominante da região. E o detalhe do movimento artístico deixa bem claro toda essa prisão que o personagem se encontra naquele país, e sempre servindo mais como um conceito exótico para encantar aqueles homens, do que de fato um inserção da cultura exterior.

E o protagonista vai ser tornar um “refém” daquela situação. Sua obsessão pela arte o cegará, e será machucado mentalmente, moralmente e até fisicamente naquele país. Por mais que a primeira parte tenha um tom mais humorístico e sonhador, o diretor deixa os detalhes estampados ali de uma aproximação por puro interesse, com desculpa de “você é praticamente da família”.

E na segunda parte é onde ocorre a eventual queda e o choque daquele estilo de vida. Desde situações obvias do personagem verbalizando seu descontentamento, desabafando com sua esposa , aliás, bem inserida nas história, representando um lado diferente com aqueles pessoas, uma mulher fisicamente impedida, porém segura, forte e incisiva com suas convicções. Enquanto seu marido representa um lado mais gentil e calado, sendo paciente com as oportunidades que surgem e sabendo talvez no fundo o seu “não pertencimento”?.

E talvez uma eventual explicação no epílogo cause uma insatisfação numa possível interpretação de sua arte e montagem. O longa usa seus minutos finais para conceber de forma bem didática os motivos do protagonista. Apesar de desnecessária, ela pode ainda causar um impacto devido aos passado pouco conhecido do público com seu personagem.

E por isso que  O Brutalista busca um convite no épico intimista de nosso personagem. Ele vai construir toda essa estética bem clássico e óbvia para puxar seu público na imersão da história. E por mais que revele talvez uma óbvia falta de experiência do diretor aqui ou ali, ele consegue envolver, não só pela sensação de um filme de 3h30 passar de forma extremamente suave, mas apresentar personagens interessantes e motivados, sejam pelos motivos bons ou ruins de suas personas.

Texto reproduzido do site: estacaonerd com/critica-o-brutalista

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

David Lynch, morre aos 78 anos

Texto compartilhado do site G1 GLOBO/POP-ARTE, de 16 de janeiro de 2025 

David Lynch, diretor lendário de 'Cidade dos sonhos' e 'Twin Peaks', morre aos 78 anos

Americano recebeu quatro indicações ao Oscar e era conhecido por obras sombrias e surrealistas. Ele revelou ter enfisema pulmonar em 2024.

Por Redação g1

David Lynch, diretor lendário de filmes como "Cidade dos sonhos" (2002) e da série "Twin Peaks", morreu aos 78 anos. Conhecido por histórias surrealistas e sombrias, o cineasta recebeu quatro indicações ao Oscar ao longo da carreira.

A causa da morte não foi divulgada, mas ele revelou em 2024 ter sido diagnosticado com enfisema pulmonar após anos como fumante — doença que o impediria de continuar a dirigir produções presencialmente.

"Há um grande vazio no mundo agora que ele não está mais conosco", escreveu a família de Lynch, no Facebook.

"Mas, como ele diria, 'fiquem de olho na rosquinha, e não no buraco'. É um dia lindo com raios de sol dourados e céus todos azuis."

Depois de considerar seguir carreira como pintor na juventude, ofício que chegou a estudar, passou a se dedicar à realização de curtas.

Em 1977, ficou conhecido logo com seu primeiro longa-metragem, o independente "Eraserhead", que se tornou cult com os anos.

O reconhecimento veio rápido e ele foi contratado para escrever e dirigir "O homem elefante" (1980). A história estrelada por John Hurt e Anthony Hopkins sobre vida de um homem desfigurado recebeu oito indicações ao Oscar — incluindo as de roteiro adaptado e direção para Lynch.

Depois do fracasso com a adaptação da ficção científica de "Duna" (1984), ele se recuperou com um combo duplo.

Em 1986, recebeu uma nova indicação da Academia de Hollywood pela direção do noir surrealista "Veludo azul". Seu projeto seguinte, "Coração selvagem" (1990), ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

No mesmo ano, revolucionou o drama da TV americana com o lançamento da série de mistério "Twin Peaks".

Vinda ao Brasil

Em 2008, ele veio ao Brasil pela primeira vez, para divulgar seu livro “Em águas profundas – criatividade e meditação”.

“Um artista não precisa sofrer para mostrar sofrimento, ele só tem que entender o sofrimento. A intuição é o principal instrumento de um artista. Sou uma pessoa feliz por dentro, mas minhas histórias refletem o mundo real, e vivemos num mundo negativo”, disse o diretor, que começou a se dedicar à meditação desde os anos 70. Ele atribuía a ela as ideias que deram origem a seus filmes.

“É uma técnica mental que ajuda a criatividade e abre a porta para um nível de vida mais profundo, o infinito, sem limites”, disse ele, sobre a meditação transcendental. “Você pratica um mantra, que te coloca na base entre a matéria e a mente. De repente, tudo se expande e a vida fica muito boa.”

Lynch contou que essa filosofia estava presente nos bastidores de todas as suas filmagens. “Gosto de trabalhar num set feliz, como uma família. Acho que o set tem que ser um lugar seguro para o ator, onde ele possa se aprofundar. Acho que o medo e pressão prejudicam a criatividade e, consequentemente, prejudicam o trabalho.”

Texto reproduzido do site g1 globo com/pop arte

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

As bolinhas pretas da CENSURA, no filme "Laranja Mecânica"


 Curiosidades sobre o filme: Laranja Mecânica

“Laranja Mecânica”, filme dirigido e lançado por Stanley Kubrick em 1971, não pôde ser distribuído no Brasil em seu ano de estreia mundial por conta da censura do governo militar brasileiro. A obra só entrou em circuito comercial nos cinemas brasileiros em setembro de 1978, com uma classificação indicativa de 18 anos e com as fatídicas bolinhas pretas que tinham o papel de esconder a nudez na tela. Quando estas tais bolinhas não conseguiam acompanhar o ritmo frenético de algumas cenas, relatos de alguns expectadores da época diziam que o cinema caia na gargalhada. E alguns outros relatos se perguntavam: por que o governo censurava apenas a nudez e deixava a violência à mostra de maneira explícita?...

Fonte: sublimacaoblog wordpress com