quarta-feira, 31 de maio de 2017

Charles Chaplin (1889 - 1977)

Segundo Laurence Olivier, “Charles Chaplin ficará na
memória como o maior ator de todos os tempos”.

Publicada originalmente no site do Jornal do Dia Online, em 30/07/2013.

Charles Chaplin.
Por Vieira Neto.

Nome verdadeiro: Charles Spencer Chaplin.

Nascido em Lambeth South Londres, na Inglaterra, no dia 18 de abril de 1889.

Fez sua primeira aparição no teatro com cinco anos, tornando-se comediante em musicais, em 1898. Chegou aos Estados Unidos com a companhia de Fred Karno e acabou trabalhando para Marck Sennet e Keystone. Seu primeiro filme foi "Making a Living", que estreou em 1914. Depois veio "Kid Auto Races in Venice", onde, pela primeira vez ele usou o traje de vagabundo, criando o personagem que o faria mundialmente famoso: Carlitos.

Contratado pelos Estúdios Essaney, em 1915, passa a receber um salário de 1.250 dólares por semana. Chaplin já estava sendo chamado de "O maior comediante do mundo". Nesse estúdio contracenou com Bem Turpin e Edna Purviance no filme "O Vagabundo" (The Tramp), que muitos críticos dizem ser sua primeira obra-prima.

Em 1918, transfere-se para a Firs National (depois de passar pela Mutual) para fazer filmes a 150.000 dólares cada: "Vida de Cachorro", "Ombro Armas", "Um Idílio nos Campos". Após "Pastor de Almas", Chaplin fundou a United Artists com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D.W. Griffith. Em 1925 fez "Em Busca do Ouro", que estourou como o maior sucesso de crítica e de público. Mas foi em 1928 que recebeu indicação para o Oscar de melhor ator e uma premiação especial pela produção do filme "O Circo".

O advento do som não o perturbou. Chaplin continuou calado, apenas colocando música nos seus filmes. "Luzes da Cidade" foi outro grande sucesso. Na sátira "Tempos Modernos", à era das máquinas, ele ainda continuou mudo, apesar de alguns murmúrios. Foi com raiva do que estava acontecendo na Europa que Chaplin fez outa sátira - "O Grande Ditador" - sobre Hitler, tendo Jack Oakie como Mussolini. Após a guerra fez "Monsieur Verdoux", que hoje, muitos consideram o seu melhor filme. A figura do vagabundo havia desaparecido. 
"Luzes da Ribalta", em 1952, fez muito mais sucesso na Europa do que nos Estados Unidos.
Mudou-se para a Suíça com a quarta esposa, Oona, filha do escritor Eugene O'Neill, principalmente por estar sendo acusado de anti-americano e simpatizante do comunismo.

Chaplin odiava a morte e tinha um medo quase patológico dos agentes que a propagam: os resfriados, a poeira, os insetos, as rosas. Era materialista, ignorava que o espírito é imortal assim como sua genialidade, assim como Carlitos, que seria o primeiro a dizer: Chaplin vive. E paira sobre todos nós, como um condor.
Charles Chaplin morreu na Suíça, no dia de Natal de 1977, tendo finalmente sido reconhecido pela Inglaterra com o título de Cavaleiro (Sir). Sua filha Geraldine Chaplin também tornou-se uma grande atriz, principalmente no cinema espanhol, dirigida pelo marido, Carlos Saura.

A vida de Chaplin nem sempre correspondeu à grandeza de sua obra. Suas ideias políticas de esquerda não o impediram de acumular uma fortuna colossal gerida com o máximo rigor capitalista. Seu moralismo público não atrapalhou aventuras amorosas conduzidas com discutível elegância.

(Resumo do Capítulo 20 do meu livro inédito "Ícones do Cinema que Nunca Sairão de Cena").

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br

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