sábado, 20 de abril de 2024

Filme: "O Último Pôr do Sol (1961), de Robert Aldrich.






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Publicado originalmente no site Western Cinemania, em 26 de março de 2011

"O Último Pôr do Sol" - Poético Título Arduamente Escolhido

A escolha de títulos de filmes nem sempre é tarefa fácil. Um bom exemplo dessa dificuldade foi o título de um faroeste que a Bryna Productions procurou para um western rodado em 1960 e que se baseou no livro “Sundown at Crazy Horse”, de autoria de Howard Rigsby e que teve roteiro de Dalton Trumbo. O filme foi dirigido por Robert Aldrich e Kirk Douglas e Rock Hudson encabeçam o elenco. Eis a tradução de alguns dos títulos cogitados para esse belo western: “Dois Homens Magníficos”, “Brutos e Majestosos”, “Brutos e Trágicos”, “Revólveres Flamejantes”, “Rajada de Trovões”, “Dois para Odiar”, “Conversa de Gatilho”, “Morte é meu Nome do Meio”, Encontro com um Sol Morto”, “Emoção ao Pôr-do-Sol”, “Longo Dia, Rápido Poente”, “Todas as Garotas Usam Vestidos Amarelos”, “Minha Arma, Minha Vida”, “Flores de O’Malley”, “O Combustível e o Fogo”, “Um Leão no meu Caminho”. Ainda bem que a Universal Pictures, que dava a última palavra em relação ao título, optou por “The Last Sunset”, poeticamente traduzido para “O Último Pôr-do-Sol”. E curiosamente nenhum spaghetti-western utilizou os pouco inspirados demais títulos desse atrevido faroeste. Na foto acima vemos Dorothy Malone (Belle Breckenridge), esbanjando sensualidade como poucas vezes se viu num western.

Texto e imagem reproduzidos do blog: westerncinemania blogspot com

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O ÚLTIMO PÔR DO SOL (THE LAST SUNSET)

BY NADAL ON 9 DE JUNHO DE 2017 IN FILMES MAIS ANTIGOS

Este é um faroeste de 1961 repleto de referências. Interessante que por alguns é considerado clássico e por outros apenas um filme razoável ou bom, com várias falhas. Seja como for, é um filme marcante e muito importante dentro do gênero. Primeiro, porque interpretado por dois ícones do cinema: Kirk Douglas (ótimo) e Rock Hudson, este último em atuação que poderia ser melhor (junto com a de Dorothy Malone) –  e o filme ainda tem Carol Lynley e Joseph Cotten. Segundo, porque dirigido por Robert Aldrich (Vera Cruz, O que terá acontecido com Baby Jane?, Os doze condenados…). Terceiro, porque o roteiro foi assinado por um personagem famoso na época da perseguição americana aos comunistas (a famosa lista negra do senador McCarthy) e que ganhou o muito corajoso apoio de Kirk Douglas na ocasião: Dalton Trumbo, que teve até um filme a seu respeito, estrelado por Bryan Cranston. Quarto, porque é um filme que reúne todos os elementos dos grandes westerns: paisagens amplas, aventuras, ação, drama, suspense, romance, gado sendo transportado a grandes distâncias, a aridez das terras e dos homens…e tem algo a mais além disso, pois o roteiro acaba explorando bem o íntimo dos personagens e faz com que dramas do passado venham à tona e encontrem seu desate justamente no momento que dá título ao filme. Poderia nesse instante ter uma fotografia melhor, é certo…enaltecendo as cores do pôr do sol…Talvez uma música mais marcante na trilha (se bem que o filme tem vários números musicais e até Kirk cantando), uma atuação mais convincente de parte do elenco…Mas pelo conjunto de suas virtudes, é sem dúvidas um belo e emocionante filme.  8,5

Texto reproduzido do site: dicasdecinema.net

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