sábado, 30 de setembro de 2017

Homenagem a Djaldino Mota Moreno

Foto: Jornal do Dia, reproduzida do site: infonet.com.br
Postada pelo blog "Cinemateca da Saudade", 
para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no Facebook/Amaral Cavalcante, em 29/09/17

Justiça e gratidão
Por Amaral Cavalcante.

Participei das homenagens prestadas pelo TCE/Se. ao fotógrafo Waldemar Lima, um sergipano de merecido destaque na arte cinematográfica, companheiro de Glauber Rocha na invenção do Cinema Novo.

Waldemar, com uma câmera na mão e o tropicalismo na cabeça, imprimiu aquela luz absurdamente tropical que caracteriza a produção do cineasta baiano em filmes cult como “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e “Barravento”.

Do elogiável trabalho da Equipe comandada por Clóvis Barbosa, no TCE - que vem tratando de reavivar na memória dos sergipanos os heróis esquecidos da sua cultura - resultaram um livro sobre o homenageado organizado por Marcos Cardoso, um filme documentário produzido por Pascoal Maynard e uma exposição de fotos antigas de Aracaju pontuadas por trechos de poemas de Luiz Eduardo Oliva.

Uma justa homenagem, sobretudo oportuna. Na solenidade, o que mais me tocou foi a manifesta gratidão de Clóvis Barbosa - investido da honrosa condição de presidente do nosso Tribunal de Contas - a Djaldino Mota Moreno, seu mentor cultural na juventude quando integrava a JOVREU, com quem aprendeu a valorizar a arte e a cultura como essenciais à formação integral do cidadão. Em grande parte do seu discurso, o bem sucedido advogado e homem publico revelou que foi sob a liderança de Djaldino que aprendeu a apreciar e a fazer cinema, a promover encontros e debates culturais e, principalmente, a ser um cidadão socialmente correto.

Djaldino estava lá, ancho de satisfação, a receber a benéfica gratidão do seu antigo pupilo com os olhos marejados; uma sensação que deveria ser estendida a tantos que, como ele, estiveram algum tempo removendo da pasmaceira provinciana que até hoje nos acomete, as mais brilhantes individualidades.

E como este reconhecimento torna-se cada dia mais raro entre nós, confesso que tive inveja de Djaldino.

Texto reproduzido do Facebook/Amaral Cavalcante.

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