O Cantor de Jazz - Estreia lotada
Publicado originalmente no site MEGACURIOSO, em 6 de outubro de 2017
Dez fatos sobre o “Cantor de Jazz”, o primeiro filme falado
da história.
Por Diego Denck
1. “O Cantor de Jazz” foi o primeiro filme falado da
História a realmente mexer com o imaginário popular e estreou em 6 de outubro
de 1927, na cidade de Nova York. No dia seguinte seria comemorado o feriado
judeu do Yom Kippur, no qual se baseia o filme.
2. Antes de “O Cantor de Jazz”, filmes como “Don Juan”, de
1926, já traziam imagens e sons, mas nenhum de forma tão envolvente quanto este
marco cinematográfico, que por conta disso ficou com a alcunha de “primeiro
filme falado da História” ainda que não tenha sido.
3. O filme tem 89 minutos e teve o som gravado separadamente
das imagens, através de uma tecnologia chamada Vitaphone, desenvolvida pelos
estúdios Warner.
4. O sistema Vitaphone gravava sons em discos e era bastante
complexo, precisando ser tocado em sincronia com a projeção. A tecnologia foi
usada durante apenas 4 anos, até ser substituída por uma mais avançada.
Vitaphone
5. Como se tratava de uma transição do cinema mudo para o
falado, “O Cantor de Jazz” tem longas sequências em silêncios interrompidas com
canções esporádicas.
6. Na época, o racismo ainda era muito evidente nos EUA, e
os negros raramente apareciam no cinema. Por isso, o ator Al Jolson utilizou a
hoje bastante criticada técnica de maquiagem blackface, na qual um intérprete
branco escurece o rosto para se passar por um afro-descendente.
O Cantor de Jazz
7. “Espere um minuto, espere um minuto, você ainda não ouviu
nada”: essa foi a primeira frase da história do cinema, sendo eleita a 71ª
melhor de todos os tempos pelo American Film Institute.
8. O filme custou US$ 500 mil – uma grande quantia para os
padrões de Hollywood em 1927. Felizmente, a Warner arrecadou uma bilheteria
quase 8 vezes maior (US$ 3,9 milhões) e provou que o público estava preparado
para a novidade.
O Cantor de Jazz
9. A princípio, a Warner queria que o ator de teator George
Jessel, que já havia levado “O Cantor de Jazz” aos palcos, atuasse no
longa-metragem, mas Jessel queria cobrar um cachê mais alto por aparecer com
sua voz no filme. Por conta disso, ele foi substituído por Al Jolson.
10. Em uma triste fatalidade, um dos fundadores da Warner
Brothers, Sam Warner, principal entusiasta do cinema falado e da Vitaphone,
morreu às vésperas do lançamento do filme, em 5 de outubro. Os outros irmãos,
Harry, Albert e Jack, que também financiaram a produção, perderam a estreia por
conta do velório.
Os irmãos Warner
Texto e imagens reproduzidos do site: megacurioso.com.br
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