sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Dez fatos sobre o “Cantor de Jazz”...

O Cantor de Jazz - Estreia lotada

Publicado originalmente no site MEGACURIOSO, em 6 de outubro de 2017

Dez fatos sobre o “Cantor de Jazz”, o primeiro filme falado da história.

Por Diego Denck

1. “O Cantor de Jazz” foi o primeiro filme falado da História a realmente mexer com o imaginário popular e estreou em 6 de outubro de 1927, na cidade de Nova York. No dia seguinte seria comemorado o feriado judeu do Yom Kippur, no qual se baseia o filme.

2. Antes de “O Cantor de Jazz”, filmes como “Don Juan”, de 1926, já traziam imagens e sons, mas nenhum de forma tão envolvente quanto este marco cinematográfico, que por conta disso ficou com a alcunha de “primeiro filme falado da História” ainda que não tenha sido.

3. O filme tem 89 minutos e teve o som gravado separadamente das imagens, através de uma tecnologia chamada Vitaphone, desenvolvida pelos estúdios Warner.

4. O sistema Vitaphone gravava sons em discos e era bastante complexo, precisando ser tocado em sincronia com a projeção. A tecnologia foi usada durante apenas 4 anos, até ser substituída por uma mais avançada.

Vitaphone

5. Como se tratava de uma transição do cinema mudo para o falado, “O Cantor de Jazz” tem longas sequências em silêncios interrompidas com canções esporádicas.

6. Na época, o racismo ainda era muito evidente nos EUA, e os negros raramente apareciam no cinema. Por isso, o ator Al Jolson utilizou a hoje bastante criticada técnica de maquiagem blackface, na qual um intérprete branco escurece o rosto para se passar por um afro-descendente.

O Cantor de Jazz

7. “Espere um minuto, espere um minuto, você ainda não ouviu nada”: essa foi a primeira frase da história do cinema, sendo eleita a 71ª melhor de todos os tempos pelo American Film Institute.

8. O filme custou US$ 500 mil – uma grande quantia para os padrões de Hollywood em 1927. Felizmente, a Warner arrecadou uma bilheteria quase 8 vezes maior (US$ 3,9 milhões) e provou que o público estava preparado para a novidade.

O Cantor de Jazz

9. A princípio, a Warner queria que o ator de teator George Jessel, que já havia levado “O Cantor de Jazz” aos palcos, atuasse no longa-metragem, mas Jessel queria cobrar um cachê mais alto por aparecer com sua voz no filme. Por conta disso, ele foi substituído por Al Jolson. 

10. Em uma triste fatalidade, um dos fundadores da Warner Brothers, Sam Warner, principal entusiasta do cinema falado e da Vitaphone, morreu às vésperas do lançamento do filme, em 5 de outubro. Os outros irmãos, Harry, Albert e Jack, que também financiaram a produção, perderam a estreia por conta do velório.

Os irmãos Warner

Texto e imagens reproduzidos do site: megacurioso.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário