Publicado originalmente no Facebook/Nirton Venancio, em
17/06/2018
Era uma vez
Por Nirton Venancio
O cineasta Sergio Leone consagrou o que se denominou de
Western Spaghetti, um gênero lançado nos anos 60 por vários diretores
italianos. Os filmes eram rodados na Espanha, numa região desértica que
lembrava o velho oeste americano.
De sua filmografia de 13 títulos, duas grandes obras
cristalizaram sua genialidade e estilo, "Era uma vez no Oeste" (C'era
una volta il West/Once upon a time in the West), 1969, e "Era uma vez na
América", (Once upon a time in America), 1984, onde reconstitui o estilo
emblemático norte-americano em um épico gangsterista como nunca Hollywood
ousou, a construção de roteiro e edição perfeitas em módulos narrativos de
flashback. Os dois filmes encerram o que ele chamava de Trilogia da América,
iniciada em 1966, com o ótimo "Três homens em conflito" (Il buono, il
brutto, il cattivo/The good, the bad and the ugly).
Com seus heróis empoeirados, o italiano reinventa o Oeste em
um gênero de relato sensorial, ao contrário do cinema operístico de John Ford e
seus cowboys assépticos, muitos deles personificados por John Wayne,
emoldurados no Monument Valley.
A genialidade de Leone soube muito bem utilizar três grandes
atores ícones de um mega cinema industrial, do star-system: Clint Eastwood,
Henry Fonda e Robert De Niro.
Falecido em 1989, o cineasta não teve tempo para realizar o
que seria mais uma grande obra, "Era uma vez na Rússia", sobre a
Revolução Bolchevique.
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Nirton Venancio
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