Leonardo Villar e Glória Menezes no filme
'O pagador de promessas', de 1962
Foto: Reprodução
Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 03 de julho de 2020
Leonardo Villar, ator de 'O pagador de promessas' e
'Passione', morre aos 96 anos
Com extensa carreira no teatro, na televisão e no cinema,
Villar foi protagonista do filme dirigido por Anselmo Duarte que ganhou a Palma
de Ouro no Festival de Cannes.
Por G1
Leonardo Villar, ator de 96 anos, morreu na manhã desta
sexta-feira (3) em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca. A informação foi
confirmada ao G1 por familiares dele.
Ele foi internado na UTI na quinta-feira (2), depois de não
se sentir bem na noite anterior. O corpo do ator será cremado, conforme desejo
dele, e não haverá velório, por conta da pandemia da Covid-19.
Nascido em Piracicaba, no interior de São Paulo, em 1923,
ele ganhou notoriedade ao interpretar o personagem Zé do Burro, protagonista do
filme "O Pagador de Promessas" (1962).
Dirigido por Anselmo Duarte e indicado ao Oscar de Melhor
Filme Estrangeiro em 1963, o filme foi também vencedor da Palma de Ouro no
Festival de Cannes. Antes de ir para o cinema, o texto de Dias Gomes foi
interpretado no teatro e Villar já era o Zé do Burro.
Com o nome de batismo de Leonildo Motta, Leonardo Villar foi
aluno da Escola de Arte Dramática (EAD) da USP, onde se formou na turma de
1948.
Villar trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC)
durante oito anos e estreou como ator profissional sendo dirigido por Bibi
Ferreira na Companhia Dramática Nacional (CDN) com a peça "A Raposa e as
Uvas".
Logo no começo da carreira continuou trabalhando com grandes
nomes do teatro como o diretor Sérgio Cardoso em "Canção Dentro do
Pão". Ele também participou de "A Falecida”, de Nelson Rodrigues.
Na televisão, Leonardo Villar fez mais de trinta novelas,
como "Estúpido Cupido" (1976), "Barriga de Aluguel" (1990)
, "Amazônia" (1991), "Laços de Família" (2000). O último
trabalho na TV Globo foi na novela "Passione" (2010).
Ao longo da carreira, Villar também participou de filmes
marcantes como "Lampião e o Rei do Cangaço" (1964), "A hora e a
vez de Augusto Matraga" (1965), "Ação entre Amigos" (1988),
"Brava Gente Brasileira" (2000) e "Chega de Saudade"
(2008).
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com
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