Olivia de Havilland em '...E o vento levou'
Foto: Divulgação
Olivia de Havilland posa durante uma entrevista em Paris,
em
2016 (Foto: AP Photo/Thibault Camus
Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 26 de julho de 2020
Olivia de Havilland, atriz de '...E o Vento Levou', morre aos 104 anos
Atriz da era de ouro do cinema, foi imortalizada como
Melania no clássico de 1939.
Por G1
A atriz Olivia de Havilland morreu aos 104 anos de idade
neste domingo (26), em Paris. Imortalizada por sua participação em "...E o
Vento Levou" (1939), Havilland era conhecida por fazer papéis de mulheres
doces e amáveis. Ícone da era de ouro do cinema, ela tem dois Oscar de melhor
atriz.
Veja a repercussão da morte da atriz
Segundo a revista especializada em cinema "The
Hollywood Reporter", de Havilland morreu de causas naturais em sua casa.
Ela fez poucas aparições públicas depois de se aposentar, mas retornou a
Hollywood em 2003 para participar da 75ª edição dos Oscar.
Filha de pais ingleses, a atriz nasceu no Japão.
Naturalizada norte-americana, cresceu na Califórnia e vivia em Paris desde
1953. Em 2008, recebeu do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush,
a Medalha Nacional pelas Artes. No ano seguinte, narrou o documentário
"Alzheimer".
De Havilland teve dois filhos, Benjamin, de seu primeiro
casamento com o escritor Marcus Goodrich e Giselle, com seu segundo marido, o
jornalista Pierre Galante.
Sua estreia nos cinemas foi em uma adaptação de 1935 do
clássico de Shakespeare "Sonho de Uma Noite de Verão", dirigido por
Max Reinhardt. Na televisão, ela trabalhou na minissérie de 1976 "Roots:
The Next Generation".
Rivalidade com a irmã
Havilland teve uma relação conturbada com sua irmã a também
atriz, Joan Fontaine. Em 1942, as duas foram indicadas ao Oscar: Havilland por
"A Porta de Ouro" e Fontaine por "Suspeita", de Alfred
Hitchcock. Fontaine levou a estatueta.
Em 2017, Olivia de Havilland, processou os produtores da
série de TV "Feud" porque não gostou da forma como foi retratada na
série. A trama é sobre a famosa rivalidade entre Joan Crawford e Bette Davis,
mas ela perdeu essa disputa.
A atriz não era novata nos meandros da justiça, uma vez que
foi uma das primeiras a desafiar e derrotar o todo-poderoso sistema dos grandes
estúdios pelas abusivas condições trabalhistas às quais estavam submetidos os
artistas da Hollywood clássica.
Batalhas com os estúdios
O prestígio da indicação ao Oscar e a popularidade de
"O Vento Levou" não deram a Havilland os tipos de papéis que ela
queria. Ela costumava recusar as peças que a Warner Bros. oferecia, o que
resultou em várias suspensões pelo estúdio.
Em 1943, Havilland declarou que seu contrato de sete anos
com a Warner havia expirado, mas o estúdio disse que ainda lhes devia os seis
meses que passou em suspensão.
De Havilland venceu no tribunal, enfraquecendo o domínio dos
grandes estúdios sobre os atores, limitando os contratos dos atores a sete
anos, independentemente do tempo de suspensão. Mas desafiar um estúdio poderoso
foi uma jogada arriscada na carreira e ela não fez filmes por três anos.
Havilland fez um retorno triunfante à tela em 1946, com o
papel vencedor de um Oscar de mãe solteira em "Só Resta uma Lágrima".
Três anos depois, seu retrato de uma solteirona trouxe outro prêmio da Academia
por "A Herdeira".
Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com
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