segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

REGISTRO DE NOTÍCIA de 13/10/2004 (Morre Christopher Reeve)

 

REGISTRO DE NOTÍCIA publicada em 13/10/2004

Texto compartilhada do site UHQ, de 13 outubro 2004

Christopher Reeve, o Super-Homem, morre aos 52 anos

Por Sérgio Codespoti

Reeve, ator que ficou imortalizado no papel de Super-Homem, personagem

que interpretou em quatro filmes, morreu no dia 10 de outubro, após uma

parada cardíaca.

Reeve foi levado a um hospital, no sábado, depois de um enfarte, mas entrou

em coma, e faleceu no domingo, cercado por seus familiares. O ator tinha

52 anos.

Christopher Reeve nasceu em 25 de setembro de 1952, em Nova York. Com

dez anos fez sua primeira atuação, num teatro de Nova Jersey, na peça

de Gilbert e Sullivan, The Yeoman of the Guard.

Formou-se em 1974, pela Universidade de Cornell, e logo conseguiu o papel

de Ben Harper, na novela Love of Life. Sua primeira atuação na

Brodway foi como o neto da personagem de Katharine Hepburn na peça A

Matter of Gravity.

Sua primeira aparição no cinema foi num pequeno papel no filme Gray

Lady Down, lançado em 1978. O sucesso internacional veio com Superman,

de Richard Donner. Reeve foi escolhido entre mais de 200 candidatos.

Nesta época, conheceu Gae Exton, com quem se relacionou por muitos anos,

e apesar de nunca terem se casado, tiveram dois filhos, Matthew e Alexandra.

Reeve acabou se casando com Dana Morosini, e teve um filho, Will, hoje

com 12 anos.

Após o sucesso de Superman, em 1978, o ator fez o possível para

interpretar outros personagens. Outros destaques na carreira de Reeve

foram: Fifth of July, peça de teatro, na Broadway, em 1980; Em

Algum Lugar no Passado; Deathtrap e Vestígios do Dia.

Com porte de atleta, o ator gostava de aventuras, esportes e chegava até

a fazer muitos de seus próprios stunts, nos seus filmes.

Em maio de 1995, sofreu um trágico acidente que mudou sua vida. Durante

uma competição de equitação no estado da Virgínia, foi jogado de seu cavalo

e quebrou o pescoço.

Ficou tetraplégico, com sérias dificuldades respiratórias. Muitos meses

de terapia permitiram que ele voltasse a respirar por longos períodos

sem aparelhos.

Em 2000, o ator conseguiu mexer o dedo indicador, e um treinamento especializado,

envolvendo choques elétricos para estímulo, fortaleceu os músculos de

suas pernas e braços, permitindo que recuperasse a sensibilidade em outras

partes do corpo. Sua meta principal era voltar a andar.

Reeve nunca deixou se abater por esta tragédia. Transformou-se no maior

defensor da pesquisa de medula espinhal, empenhou-se em pressionar o congresso

americano a criar um seguro de vida com cobertura mais ampla para acidentes

catastróficos, e na cerimônia do Oscar, de 1996, pediu a seus colegas de profissão

que fizessem um número maior de filmes abordando causas sociais.

"Hollywood precisa fazer mais. Vamos voltar a arriscar. Vamos atacar temas

importantes. A nossa comunidade pode fazer isso com muito mais impacto

que outras mídias", disse Reeve em seu pronunciamento durante a cerimônia

do Oscar.

Incansável, o ator voltou a dirigir e até a atuar, mesmo estando numa

cadeira de rodas. Em 1998, interpretou o papel principal na refilmagem

para a TV do clássico de Hitchcock, Janela Indiscreta, que lhe

conferiu o prêmio SAG (Screen Actors Award)

de Melhor ator num filme ou minissérie de TV daquele ano.

Neste filme, Reeve só podia atuar com a expressão facial e com seu talento vocal.

Recentemente, o ator pode ser visto no seriado Smallville, que

conta as aventuras do Homem-de-Aço, quando jovem.

"Me recuso a permitir que uma deficiência determine como viverei minha

vida. Não sou irresponsável, mas ter objetivos desafiadores é algo que

ajuda bastante a minha recuperação", disse Reeve numa entrevista.

Dana Reeve, esposa do ator, agradeceu aos enfermeiros e ajudantes que

estiveram com ele, e também aos milhares de fãs em todo o mundo, que sempre

o apoiaram.

Superman é considerado por muitos como uma das melhores adaptações

de quadrinhos para o cinema. Um novo

filme com o personagem está sendo desenvolvido por Bryan Singer.

Texto reproduzido do site: universohq com

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