segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Bernardo Bertolucci, cineasta italiano, morre aos 77 anos

O cineasta italiano Bernardo Bertolucci, presidente
 do júri da competição oficial, chega ao tapete
 vermelho do 70º Festival de Veneza, em 2013 
Foto: Tiziana Fabi/AFP Photo 

Publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 26/11/2018

Bernardo Bertolucci, cineasta italiano, morre aos 77 anos

Diretor do polêmico 'O último tango em Paris' (1972), 'O último imperador' (1897) e 'Os sonhadores' (2003) morreu em Roma. Imprensa italiana cita 'longa doença', mas causa da morte não foi revelada.

Por G1

O cineasta italiano Bernardo Bertolucci, diretor de filmes como o polêmico "O último tango em Paris" (1972), o premiado "O último imperador" (1987) e "Os sonhadores" (2003), morreu nesta segunda-feira (26) aos 77 anos.

De acordo com a imprensa italiana, de estava em casa, em Roma, mas a causa da morte não foi revelada. O jornal "Corriere Della Sera" cita "uma longa doença".

Considerado o último grande mestre do cinema italiano, Bertolucci fez ainda obras-primas como "Antes da revolução" (1964), "1900" (1976), "O conformista" (1970).

Com"O último imperador" (1987), levou o Oscar de melhor diretor, melhor filme e melhor roteiro. O longa faturou, ao todo, nove estatuetas. Em maio de 2011, ele recebeu uma Palma de Honra, no Festival de Cannes, pelo conjunto de sua obra.

Polêmica

Recentemente, o diretor foi alvo de críticas após vir à tona um vídeo em que admitiu ter filmado uma cena de sexo não consentida em "O último tango em Paris".

No vídeo de 2013, republicado por uma ONG espanhola, Bertolucci conta que a atriz Maria Schneider, na época com 19 anos, não sabia o que aconteceria na cena em que Paul, personagem de Brando, usa manteiga como lubrificante na amante Jeannie. A sequência é uma das mais famosas e polêmicas da história do cinema, e intensificou a censura ao longa ao redor do mundo.

"A sequência da manteiga foi uma ideia que tive com Marlon na manhã anterior à filmagem", lembrou o diretor. "Fui horrível com Maria, porque não lhe disse o que iria acontecer". Segundo ele, a intenção era que Schneider reagisse "como uma menina, não como um atriz".

No vídeo, Bertolucci conta que não voltou a ver a atriz depois das gravações do filme, porque "ela o odiava". O diretor afirma que se sente culpado pelo episódio, mas que não se arrepende da decisão. "Para fazer filmes, e obter algo, às vezes precisamos ser completamente frios."

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/pop-arte/cinema

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