Imagem reproduzida da Folha/UOL e postada pelo blog
Texto publicado originalmente no site G1 GLOBO, em 5 de
junho de 2021
Morre, aos 75 anos, o cineasta Paulo Thiago
Produtor e diretor fundamental na cinematografia brasileira,
Paulo teve uma parada cardíaca em consequência de uma doença hematológica na
madrugada deste sábado (5).
Por G1 Rio
O cineasta Paulo Thiago Ferreira Paes de Oliveira morreu,
aos 75 anos, na madrugada deste sábado (5), no Rio, após uma parada cardíaca em
consequência de uma doença hematológica, que compromete a produção dos
componentes do sangue.
O cineasta estava Internado no Hospital Samaritano, na Zona
Sul do Rio, desde o dia 7 de maio. Paulo Thiago foi um produtor e diretor
fundamental na cinematografia brasileira e deixa mulher e dois filhos, com os
quais compartilhou sua paixão pelo cinema. A esposa Gláucia Camargos é
produtora, o filho Pedro Antonio também é cineasta e Paulo Francisco é músico.
O corpo de Paulo Thiago será velado neste sábado em uma
cerimônia restrita aos familiares.
Paulo Thiago nasceu em Aimorés (MG), em 8 de outubro de
1945, e se mudou para o Rio de Janeiro aos cinco anos. Ele cursou economia e
sociologia política na PUC, mas a paixão pelo cinema e a literatura o levou
para essas áreas.
Ele se encantou com o cinema nas sessões da Cinemateca do
Museu de Arte Moderna e do Cine Paissandu, que formou gerações de cineastas.
Atualmente, Paulo Thiago se preparava para rodar Rabo de
Foguete, da obra de Ferreira Gullar, e um documentário sobre o MPB4.
Trajetória
A estreia como documentarista foi com "A criação
literária de João Guimarães Rosa" (1969). No ano seguinte, dirigiu o
primeiro longa, "Os senhores da terra".
Paulo Thiago dirigiu longas importantes como “Vagas para
moças de fino trato” (1993), “Policarpo Quaresma, herói do Brasil” (1997),
“Orquestra dos meninos” (2008), “Jorge, um brasileiro” (1989) e Sagarana, o
Duelo (1974), que foi o filme representante do Brasil na Competição Oficial do
Festival de Berlim.
Além de diretor, atuou ainda como produtor em filmes como
"Aparecida, o milagre" (2010), de Tizuka Yamasaki;
"Engraçadinha" (1981), de Haroldo Marinho Barbosa; "O Bom
Burguês", de Oswaldo Caldeira; e "Beijo na Boca" (1982), de
Euclydes Marinho.
Seu primeiro filme, "Os senhores da Terra", lhe
rendeu o prêmio da FIPRESCI, que poucos cineastas do Brasil conquistaram.
Paulo Thiago foi um homem do cinema, respeitado e ouvido
pelos colegas, participando intensamente do movimento em prol do crescimento
dessa arte no país. Foi Presidente do Sindicato da Indústria Cinematográfica e
Audiovisual do Rio de Janeiro (SICAV) e da Associação Brasileira de Produtores
Cinematográficos, e um dos fundadores da Associação Brasileira dos Cineastas.
Texto reproduzido do site: g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário