terça-feira, 11 de setembro de 2018

Crítica do filme: "Perdidos na Noite"


Publicado originalmente no Facebook/Nirton Venancio

Dois Perdidos Numa Noite Suja 

Por Nirton Venancio

O filme "Perdidos na noite" (Midnight cowboy), John Schlesinger, revela um encontro clássico de atuações de dois atores, marcante na história do cinema.

Produzido em 1969, numa época em que Hollywood fazia um cinema mais criativo, a chamada química de dois astros em ascensão, Dustin Hoffman e Jon Voight, deu ao filme uma justa áurea exemplar de personagens que se perpetuam no imaginário coletivo, nos amantes de cinema de todos os tempos.

Hoffman tinha pouco mais de 30 anos, acabara de ser revelado no ótimo "A primeira noite de um homem", de Mike Nichols, e não imaginaria que chegasse aos anos 2000 emprestando sua voz ao treinador Mestre Shifu da animação "Kung Fu Panda".

Jon Voigh tinha feito uma pontinha no faroeste "A hora da pistola", de John Sturges, e depois de ser o cowboy perdido na meia-noite, ganhou o Oscar pelo papel do montanhês aventureiro em "Amargo pesadelo", de John Boorman, e jamais imaginou que no futuro continuasse como o desconhecido pai de Angelina Jolie.

"Perdidos na noite" narra a história de um texano (Voight), que ganha a vida na metrópole nova-iorquina prostituindo-se com senhoras endinheiradas e solitárias. Sua vida toma outro rumo quando encontra pelas ruas o manco interpretado por Hoffman, que lhe mostra um lado mais cruel da vida.

E tem a trilha sonora, a canção de Nilsson, “everybody's talking at me / I don't hear a word they're saying / only the echoes of my mind…”

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Nirton Venâncio

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