Texto publicado originalmente no site do jornal CORREIO BRAZILIENSE, em 12/06/2017
Primeiro pornô exibido nos cinemas, Garganta profunda
completa 45 anos (2017)
O filme estrelado por Linda Lovelace foi o mais lucrativo do
gênero e inspirou o nome do delator do caso Watergate no Washington Post
Do CB Correio Braziliense
Enquanto os namorados pensam em como tornar esta segunda
mais especial para seu amor e os solteiros leem as sugestões de "X coisas
para fazer no dia dos namorados se você está solteiro", um ícone do cinema
completa 45 anos. Em 12 de junho de 1972, o primeiro filme com cenas de sexo
explícito estreou numa sala de cinema, era Garganta profunda, do ex-cabeleleiro
Gerard Damiano.
O pornô quebrou parâmetros e foi um sucesso na época. No
enredo, a atriz Linda Lovelace se torna uma mulher infeliz que nunca tinha
sentido prazer no sexo. A explicação? Seu clitóris era localizado no fundo da
garganta. Daí ela passa a buscar homens bem dotados para encontrar o ápice do
prazer no sexo oral.
A história foi uma das primeiras a tirar o homem do
protagonismo de prazer e discutir as necessidades femininas. Na época, muitos
grupos conservadores se manifestaram contra a exibição, devido às discussões
levantadas e a forma natural como o sexo era exibido. O filme foi proibido em
23 estados americanos, mas, como outros longas do gênero, circulou de forma
clandestina.
Com orçamento de US$ 25 mil, o que era alto para o gênero, o
filme foi financiado por uma família da máfia norte-americana e rendeu cerca de
US$ 600 milhões no faturamento total. O sucesso do longa inspirou a criação do
pseudônimo do delator do caso Watergate. Na publicação do The Washington Post, William
Mark Felt era o Garganta Profunda.
O pornô foi tema, em 2005, de um documentário intitulado Por
dentro do Garganta profunda. Ele trazia detalhes sobre os bastidores e
repercussão do filme.
Curiosidade
Na década de 1980, Linda Lovelace entrou para igreja, passou
a militar contra a pornografia e acusou o ex-marido, e agente, Chuck Traynor de
violência doméstica e exploração sexual. Ela chegou a declarar que cada vez que
alguém assiste ao filme está assistindo ao estupro dela, pois a participação
teria sido forçada por Traynor. As acusações de Linda, no entanto, nunca foram
provadas.
Texto reproduzido do site:
correiobraziliense.com.br
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